Hoje quero falar das
torturas psicológicas. De notícias que frequentemente aparecem sobre ofensas,
humilhações e xingamentos que podem causar sofrimento, por longos anos, algumas
vezes sendo mais graves do que algumas agressões físicas.
Não sei o que acontece
com as pessoas para terem atitudes tão hostis e desumanas. O agressor tortura
para conseguir uma confissão, informação, reprimir a vítima e em muitos casos é
realizada a violência pelo simples prazer de ver o sofrimento do outro. Sei que
muitos torturadores dizem está fazendo seu trabalho, agindo em nome da lei, de
uma instituição ou estado, mas onde fica a humanidade, o valor que se tem pela
vida e pela saúde física e mental das pessoas. Os indivíduos que sofrem tortura
psicológica têm grande probabilidade de desenvolver distúrbios psicológicos
como a depressão, estresse pós- traumático, crises de ansiedade e a síndrome do
pânico.
Segundo os
profissionais não há uma patologia específica da tortura, uma sintomatologia
padrão que permita obter um diagnóstico claro e propor um tratamento efetivo,
contudo profissionais tentam unir coincidências sobre as situações das vítimas.
Para Marcelo Viñar, o processo traumatizante se comporta em etapas. A primeira tem como objetivo a destruição do
indivíduo, dos seus valores e convicções, a segunda é a desorganização da
relação sujeito consigo mesmo e com o mundo e a terceira abre a possibilidade
de uma conduta substutiva em maior ou menor escala com os “valores” do torturador.
Visto que essas
etapas não são percorridas por todos que sofreram torturas. Vejo que é muito
provável que as vítimas portadoras de traumas necessitam de tratamentos
específicos ou pelo menos de um acompanhamento médico para uma melhor condição
de vida.
As sequelas
conhecidas são problemas de identidade, angústia crônica, a insônia persistente, os pesadelos, a repetição, os transtornos neuróticos ou psicóticos e as alterações dos hábitos alimentares, sexuais, etc.
Estudos apontam e fica fácil tirar conclusões sobre alguns números relacionados as pessoas que sofreram violências mentais, entre eles o aumento no índice de psicose, sendo cinco vezes maior do que o normal e também o aumento no percentual de suícidos consumados, aumenta quase 30% entre as vítimas de torturas. O que eu fico indignado é com a impunidade vista em nossa sociedade, a qual gera a retraumatização devido às leis de anistia, à negação do reconhecimento social e jurídico dos danos sofridos.
Portanto, os que sofreram tortura precisam de tratamento independente do grau de dano, e muitos em vez de receberem cuidados merecidos, acabam sendo esquecidos pelos governantes e prejudicados pelo descaso das instituições. Entretanto, vale ressaltar que existem pessoas e projetos dedicados a buscar a verdade dos fatos e reparar as vítimas.
Estudos apontam e fica fácil tirar conclusões sobre alguns números relacionados as pessoas que sofreram violências mentais, entre eles o aumento no índice de psicose, sendo cinco vezes maior do que o normal e também o aumento no percentual de suícidos consumados, aumenta quase 30% entre as vítimas de torturas. O que eu fico indignado é com a impunidade vista em nossa sociedade, a qual gera a retraumatização devido às leis de anistia, à negação do reconhecimento social e jurídico dos danos sofridos.
Portanto, os que sofreram tortura precisam de tratamento independente do grau de dano, e muitos em vez de receberem cuidados merecidos, acabam sendo esquecidos pelos governantes e prejudicados pelo descaso das instituições. Entretanto, vale ressaltar que existem pessoas e projetos dedicados a buscar a verdade dos fatos e reparar as vítimas.
Por Rafael Bruno
Fonte de consulta: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932005000300008&script=sci_arttext
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